Inicialmente, é
preciso esclarecer senão definitivamente, pelo menos lançar luzes sobre essa
tendência de “terceira via”. Qualquer candidato pode se apresentar sob essa
perspectiva. A questão é se viabilizar.
Vamos ao caso da ex-senadora Marina Silva (AC), que se lançou sob o PV à Presidência da República em 2010 e obteve nas urnas quase 20 milhões de votos. Sua candidatura representava uma “terceira via”?
A minha opinião é não. Marina, a despeito de sua trajetória de esquerda, ao romper com o PT e se prestar ao papel de alternativa ao PT e PSDB reforçou os setores conservadores e de direita. Assim, sua candidatura não era uma “terceira via”, já que foi articulada por Serra e o ex-deputado Fernando Gabeira para evitar o “pão-pão, queijo-queijo” defendido por Lula.
Em 2010, a despolarização favoreceu o candidato tucano, que sem a candidatura de Marina Silva teria perdido a eleição no primeiro turno. Assim, o vôo solo da candidata verde serviu como linha auxiliar e não como terceira via.
Os votos de Marina
eram antipetistas e antilulistas. Suas alianças nos principais colégios
eleitorais – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Silva,
Bahia – eram com PSDB e DEM. Que terceira via era essa?
Com informações do Diap - Departamento Intersindical de
Assessoria Jurídica.
O SINDECC comenta:
Depois
do velóriomicio de Eduardo, ela volta com mais força e com mais apoio das
forças mais reacionárias deste país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário