A Grécia vive nesta
quinta-feira a terceira greve geral de 24 horas sob o governo do Syriza. Os
trabalhadores lutam contra a reforma do sistema de pensões que o Governo de
Alexis Tsipras negocia com a quadrilha de credores. Esta reforma nos direitos
dos trabalhadores, desempregados e aposentados.
Jornalistas gregos se manifestam em frente ao Ministério do Trabalho em Atenas. Foto: EFE/Yannis Kolesidis
Os principais sindicatos filiados na Confederação do setor público (ADEDY) e privado (GSEE) convocam essa greve, a qual se soma a corrente sindical PAME do partido comunista e as organizações políticas da esquerda grega.
Esta semana começou com
greves em vários setores. Os trabalhadores dos meios de comunicação realizaram
sua segunda greve de 24 horas na quarta, depois da que mantiveram durante uma
semana. Por isso, ontem não houve jornais na rádio e TV, não se atualizou os
jornais digitais e os jornais escritos não apareceram hoje.
“Os empregados dos meios de comunicação protestam contra o impacto
que provoca o plano (do ministro do Trabalho) Jeorjos Katrungalos sobre os
fundos da seguridade social geral e adicional que leva aos empregados,
desempregados, aposentados e suas famílias à miséria absoluta”, diz o
comunicado dos jornalistas.
Os jornalistas pedem que sua caixa de pensões continue sendo
independente e não se inclua dentro de uma caixa unificada, como pretende a
reforma.
Nesta quinta o metro e o
bonde de Atenas só circularam entre as dez e as cinco, os trens e os ônibus
elétricos pararam por completo. Os taxistas, que em jornadas de greve
anteriores se mantiveram à margem, desta vez decidiram somar-se.
O grêmio dos trabalhadores dos barcos e barcas também é um ator
forte na jornada de greve, com uma paralisação do trabalho por 48 horas, igual
ao que fizeram no final de janeiro.
A associação de comerciantes se soma a greve e os hospitais funcionaram com serviços mínimos.
A associação de comerciantes se soma a greve e os hospitais funcionaram com serviços mínimos.
Um foco quente são os bloqueis de estradas protagonizados pelos agricultores,
que vem se manifestando e enfrentando a repressão policial já há várias
semanas.
Segundo diversas fontes,
esta terceira greve geral contra as medidas do governo Syriza terminará com uma
adesão maior que as anteriores.
Do Syriza, como já fizeram outras vezes, tentam fazer parecer que
a greve não é “contra Syriza” nem “contra o governo”, mas que seria para
pressionar as instituições da Troika por uma melhora nas negociações. Porém,
apesar dos malabarismos retóricos dos dirigentes do Syriza, a greve é contra a
reforma do sistema de pensões e os cortes e ajustes que seu governo está
aplicando, depois de aceitar as imposições da Troika.
Os trabalhadores e trabalhadoras Gregos, depois de um período de
confusão diante da capitulação histórica do governo reformista do Syriza, no
qual estes haviam depositado grandes ilusões, estão recuperando suas forças e
confianças na luta.
Tudo indica que isto é só o começo de um ano 2016 que estará
marcado por novas jornadas de protesto e greve da classe trabalhadora, e pela a
reemergência da luta social.
Fonte: http://www.esquerdadiario.com.br/1-2-3-Nova-Greve-Geral-na-Grecia
Fonte: http://www.esquerdadiario.com.br/1-2-3-Nova-Greve-Geral-na-Grecia
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