O Tribunal Superior do Trabalho determinou que 65% do efetivo dos
Correios devem ser mantidos em cada unidade durante a greve. Trata-se de um
claro ataque a greve dos Correios, mostrando que a força dos trabalhadores
mobilizados incomoda e muito o governo e a direção da empresa.
Além do percentual de 65% dos trabalhadores, o TST determinou
também que "abstenham-se de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga
postal em todas as unidades". Isso é um ataque à organização e
aos métodos de luta legítimos dos trabalhadores, como os piquetes. Este método
de paralisar a unidade, quando os trabalhadores decidem pela greve, serve para
demonstrar força, mas também para impedir o assédio moral e as perseguições, já
que todos ficam do lado de fora. É um momento de ativismo e de discussão com
todos os trabalhadores também. Ao se criminalizar os métodos e restringir
quantos podem aderir à luta, a Justiça quer nos calar, e cercear este direito
democrático, dizendo que mesmo com reajuste zero, ataque no convênio médico e
mesmo sendo obrigados a trabalhar por 2 ou 3 pessoas com a sobrecarga, o
trabalhador não tem direito de questionar essa realidade e é obrigado a engolir
o que a empresa quiser determinar.
É contraditório que para garantir o efetivo durante os dias normais, sem greve,
não existe nenhuma preocupação. Só para dar um minúsculo exemplo: minha unidade
possuía, até o início deste ano, 9 funcionários. Um está afastado por questões
de saúde. Um saiu pelo PDI. Um pediu demissão. Nenhum desses foi “reposto”. Uma
pequena ilustração, mas sabemos que a situação é ainda mais dramática nos
centros de distribuição e nos de triagem. A preocupação em garantir os
serviços, portanto, não passa de cinismo, uma vez que um dos pontos de
reivindicação da greve é justamente a contratação de funcionários, tanto do
último concurso quanto à realização de um novo. A falta de mão de obra é
gritante.
Num momento de endurecimento
dos ajustes, o governo tenta demonstrar através da Justiça que pretende ser
duro também com as lutas dos trabalhadores que defendem suas condições de vida
frente à crise. Isso demonstra ainda mais a necessidade de fortalecer a greve
na base em todo o país. Mas temos que enfrentar não apenas o governo e a
Justiça, mas dentro da categoria um setor faz de tudo para dividir e
enfraquecer a luta: a burocracia da Articulação/CUT. Depois de defender aos
quatro ventos a unidade da categoria na greve, dizendo que todos os que são
críticos ao governo do PT estariam nos “dividindo”, foram os primeiros a
aceitar o acordo rebaixado da empresa e tentar desconstruir a luta. Portanto,
além de massificar e fortalecer a greve, é necessário buscar a auto-organização
independente dos trabalhadores, e a solidariedade ativa dos sindicatos,
movimentos de juventude e de trabalhadores, parlamentares da esquerda, todos
precisam travar esta batalha junto com os ecetistas porque se trata de defender
a força dos trabalhadores como alternativa aos ataques e ajustes que nos são
impostos pelo governo e pela patronal a toda a nossa classe.
Fonte: http://www.esquerdadiario.com.br/TST-ataca-direito-de-greve-dos-trabalhadores-dos-Correios
Além do percentual de 65% dos trabalhadores, o TST determinou
também que "abstenham-se de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga
postal em todas as unidades". Isso é um ataque à organização e
aos métodos de luta legítimos dos trabalhadores, como os piquetes. Este método
de paralisar a unidade, quando os trabalhadores decidem pela greve, serve para
demonstrar força, mas também para impedir o assédio moral e as perseguições, já
que todos ficam do lado de fora. É um momento de ativismo e de discussão com
todos os trabalhadores também. Ao se criminalizar os métodos e restringir
quantos podem aderir à luta, a Justiça quer nos calar, e cercear este direito
democrático, dizendo que mesmo com reajuste zero, ataque no convênio médico e
mesmo sendo obrigados a trabalhar por 2 ou 3 pessoas com a sobrecarga, o
trabalhador não tem direito de questionar essa realidade e é obrigado a engolir
o que a empresa quiser determinar.
É contraditório que para garantir o efetivo durante os dias normais, sem greve, não existe nenhuma preocupação. Só para dar um minúsculo exemplo: minha unidade possuía, até o início deste ano, 9 funcionários. Um está afastado por questões de saúde. Um saiu pelo PDI. Um pediu demissão. Nenhum desses foi “reposto”. Uma pequena ilustração, mas sabemos que a situação é ainda mais dramática nos centros de distribuição e nos de triagem. A preocupação em garantir os serviços, portanto, não passa de cinismo, uma vez que um dos pontos de reivindicação da greve é justamente a contratação de funcionários, tanto do último concurso quanto à realização de um novo. A falta de mão de obra é gritante.
Num momento de endurecimento
dos ajustes, o governo tenta demonstrar através da Justiça que pretende ser
duro também com as lutas dos trabalhadores que defendem suas condições de vida
frente à crise. Isso demonstra ainda mais a necessidade de fortalecer a greve
na base em todo o país. Mas temos que enfrentar não apenas o governo e a
Justiça, mas dentro da categoria um setor faz de tudo para dividir e
enfraquecer a luta: a burocracia da Articulação/CUT. Depois de defender aos
quatro ventos a unidade da categoria na greve, dizendo que todos os que são
críticos ao governo do PT estariam nos “dividindo”, foram os primeiros a
aceitar o acordo rebaixado da empresa e tentar desconstruir a luta. Portanto,
além de massificar e fortalecer a greve, é necessário buscar a auto-organização
independente dos trabalhadores, e a solidariedade ativa dos sindicatos,
movimentos de juventude e de trabalhadores, parlamentares da esquerda, todos
precisam travar esta batalha junto com os ecetistas porque se trata de defender
a força dos trabalhadores como alternativa aos ataques e ajustes que nos são
impostos pelo governo e pela patronal a toda a nossa classe.
Fonte: http://www.esquerdadiario.com.br/TST-ataca-direito-de-greve-dos-trabalhadores-dos-Correios
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