sexta-feira, 26 de maio de 2017

O 24 DE MAIO QUE ENTRA PARA A HISTÓRIA COMO O DIA DE CONFRONTO E DE RESISTÊNCIA POPULAR





















































































































































































Fotos Ricardo Soares (Imprensa SINDECC)


Depois da Greve Geral do dia 28 de abril, já tínhamos em mente como seria essa ocupação por parte da classe trabalhadora na cidade de Brasília neste 24 de maio. Naquele dia (28/04), os trabalhadores que pararam suas funções nos ambientes de trabalho, mandaram o recado para os políticos corruptos e consequentemente, contra as reformas do presidente do país, Michel Temer.

Na ocupação do dia 24M Brasília, as caravanas não paravam de chegar de todo o país, uma marcha de estimadamente 200 mil pessoas seguia para o Congresso querendo a derrubada deste Governo; Centrais Sindicais, Sindicatos, Movimentos Sociais, Estudantes, estavam ali, cada um com a sua bandeira e suas falas, sentimentos e vontades.

Logo no primeiro contato com a Polícia Militar (na entrada do Planalto dos Ministérios) que estavam a postos para bloquear a entrada de paus das bandeiras, e abrindo as nossas bolsas (inclusive a minha), como se nós fossemos os ladrões da história. Houve uma resistência por parte de nós trabalhadores. O bloquei foi furado, seguíamos em marcha rumo ao Congresso, mas, de novo a polícia estava lá, agora agindo de forma ainda mais covarde. Com gás de pimenta, bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e até mesmo com tiros de revolveres. Por cima, os helicópteros ajudavam a dispersar os trabalhadores com bombas e gás lacrimogênio. O confronto desleal entre trabalhadores e o aparelho repressor do Estado, a PM, tinha se iniciado. Avançar e resistir foi o lema!

Os meios de comunicação hegemônicos fazem de tudo para confundir a opinião pública, colocando como vândalos quem vai às ruas reivindicar por melhorias de vida. O Governo de Temer, por sua vez, não recua e reage de forma que só se viu ações como estas nos anos de chumbo da ditadura militar, quando a polícia atirava para matar trabalhador e o exército era convocado.

A crise política e econômica do Brasil fez com que a classe trabalhadora se levantasse e fosse para as ruas. Não podemos recuar nem iremos recuar, uma nova chamada para 48h agora está sendo discutida entre as centrais. O povo quer arrancar do Congresso Nacional todos os corruptos deste país. Nossa força está no poder de mobilização e em nossa voz, iremos marchar mil vezes se for possível para não ter nossos direitos retirados. Gritaremos bem alto: Fora Temer, Fora Todos os Corruptos! Greve Geral de 48h, já! 

Por Ricardo Soares (Imprensa SINDECC

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