Garantido em lei, o adicional de periculosidade
de 30% sobre o salário-base de trabalhadores
em ambientes sujeitos a risco
de explosões, por inflamáveis ou energia
elétrica, é uma obrigação quase sempre
descumprida pela empresa Carrefour, no
que se refere aos funcionários que atuam
como frentistas-caixas na empresa. Diante
disso, a Justiça tem sido o caminho pelo
qual o Sindicato dos Frentistas de Campinas
(Sinpospetro-Campinas) vem conseguindo
assegurar aos trabalhadores o
adicional, direito aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A mais recente
vitória do sindicato nesse âmbito envolve
o Carrefour da cidade de Valinhos/SP,
empresa que encerrou por ordem judicial
suas atividades em 2015 .
A sentença da juíza Maria Flávia Roncel de
Oliveira Alaite, da 9ª Vara do Trabalho, e
contra a qual não cabe mais recurso, condena
em R$ 15 mil a empresa pelo não pagamento
do adicional de periculosidade
durante o período de dois anos que durou
o contrato de trabalho de uma frentista-caixa
de 43 anos. Determina, ainda,
que o Carrefour indenize a trabalhadora
em R$ 5 mil, a título de danos morais, em
razão das más condições laborais, como
a alta temperatura dentro da cabine de
atendimento, por falta de ventilação –
exigência da empresa, como medida de
prevenção a furtos.
QUESTÃO É DESAFIO COMUM À
CATEGORIA DE TODO O PAÍS
O presidente do Sinpospetro-Campinas,
Francisco Soares de Souza, explicou que
é um problema comum à categoria em
todo o país a recusa do Carrefour em
aplicar o adicional de periculosidade sobre
o salário dos trabalhadores na função
de frentista-caixa. No desafio de fazer valer
o direito, laudos periciais produzidos
por um assistente técnico contratado
pelo Sinpospetro-Campinas têm servido
para derrubar as argumentações do Carrefour,
que visam desvincular a natureza
periculosa da atividade com base no perímetro
em que atuam esses trabalhadores,
em relação à área de abastecimento.
De acordo com o advogado que esteve
à frente do caso, Dr. Igor Fragoso, as recentes
decisões judiciais, favoráveis aos
trabalhadores, indicam rumo promissor
quanto às outras dez ações semelhantes
que tramitam na Justiça da 15ª Região
contra o Carrefour, que possui 72 postos
de combustíveis em onze estados do
Brasil.
Fonte: Foto e texto – Assessoria de Imprensa
Sinpospetro-Campinas/Leila de Oliveira
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