NOTA
DO SINDECC SOBRE PROTESTOS CONTRA O FECHAMENTO DO COMÉRCIO.
Nos últimos dias, temos
presenciado um crescimento no número de mortos e contaminados pelo vírus da
COVID-19, e, mais uma vez, medidas restritivas foram tomadas por parte do
Governo do Estado para conter a superlotação em hospitais do Estado das redes
pública e privada. Acontece que desta vez a discussão está ainda mais acirrada
e dividida entre apoiar e não apoiar o fechamento de grande parte do comércio
não essencial, e isso gerou além de debates, protestos por várias cidades do
nosso Estado, inclusive na cidade de Caruaru. Na última quarta-feira, dia 17 de
março, às vésperas do primeiro dia de fechamento do comércio, vez que, conforme
previsto no Decreto Nº 50.433 de 15 de março de 2021 do Governo do Estado de
Pernambuco, o comércio deveria ser fechado por 10 dias, iniciando-se no dia 18 e
tendo seu término no dia 28 de março, algumas pessoas, em forma de protesto,
fecharam uma das vias do centro da cidade, tendo como pauta defendida a permanência
do funcionamento do comércio não essencial, alegando prejuízos e possíveis
demissões diante dessa medida do Governo. O ato de protesto também se repetiu
no dia de ontem (22 de março), desta vez, em frente à Prefeitura da cidade, com
cartazes e palavras de ordem os manifestantes demonstraram a sua indignação com
o fechamento das atividades comerciais não essenciais, chamando-se atenção para
o fato de que uma parte dos manifestantes eram empregados das empresas do
comércio impedidas de funcionar e não os proprietários dessas empresas.
Portanto, a pergunta que fazemos é: será que esses trabalhadores e
trabalhadoras estão participando de livre e espontânea vontade desses protestos?
Ou estão sendo coagidos por seus patrões, sob a ameaça de perderem os seus
empregos? Será que essas pessoas estão cientes do risco de contaminação
nesses atos e, sobretudo, da gravidade do momento atual e da necessidade das
medidas restritivas por parte do Governo do Estado? E se estes patrões
estiverem mesmo coagindo seus empregados a protestarem em seus lugares, será
que também estão preocupados com a vida e saúde dos mesmos? É bem verdade que
muitas empresas do comércio de Caruaru não cumprem com suas obrigações
trabalhistas e Normas Coletivas estabelecidas pelos representantes de classes, essas
mesmas empresas além de desrespeitarem constantemente a Legislação Trabalhista,
lesando os direitos dos seus empregados, também podem agora estar se
aproveitando desse momento crítico, visando unicamente o lucro, através da
prática de assédio psicológico e moral, coagindo seus empregados a participarem dos citados atos de protestos,
com ameaças de demissões. O SINDECC se
posiciona em defesa da vida, da saúde e da integridade física de toda a categoria
comerciária e, sobretudo, de toda a Classe Trabalhadora. Somos a favor de
medidas restritivas, mas entendemos que é de suma importância subsídio fiscal
para as pequenas empresas, pagamento de auxilio aos trabalhadores formais e informais
para que assim possam ficar em casa sem que a fome bata à sua porta. Portanto,
a cobrança deve ser feita ao Governo Federal que desde o início da Pandemia,
vem boicotando as medidas de prevenção, vacina e subsídios necessários para
hospitais, mais que isso, vem se negando a pagar o auxilio, tendo o Congresso
Nacional que intervir desde o ano passado para que fosse aprovado o auxílio no
valor de R$ 600,00 reais, pois o Governo Bolsonaro só queria pagar R$ 250,00
reais. Além do mais, nesse momento crítico com milhares de mortes diárias, o
mesmo Governo se nega a pagar os mesmos R$ 600,00 reais, não tendo sido pago
nenhum auxílio desde o início do ano, vez que o governo apenas quer liberar R$
250,00 reais, e a maioria das pessoas terá direito a receber apenas R$ 150,00
reais. Com todo esse descaso e negligência, a fome e o desemprego só aumentam,
e mais uma vez, a Classe Trabalhadora é a principal atingida.
SOMOS
A FAVOR DE PROTESTO SEGURO, PELA VACINA E PELA VIDA!
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